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Mostrando postagens de fevereiro, 2018

Sobre os ciclos de longuíssimo prazo

Me parece que há uma alternâncias entre épocas: o mundo ora parece ser melhor vivido, ora, pior. E isso pode ser avaliado - particularmente - por qualquer um que se propuser colocar-se no lugar de um vassalo da Idade das Trevas ou um bilionário indiano da indústria do cinema nos anos de hoje. Há momentos de maior e de menor liberdade, na história relatada da gente aqui na Terra. Ainda arrisco que não haja uma tendência ou linha que demonstre, com veemência, que vivemos, um crescendo histórico de liberdade. Não temos nos tornado mais livres, à medida em que corre a história, e eu tenho uma prova disso. Eis a prova: procure pelas efemérides, busque, em qualquer fonte, opiniões de líderes de todas as instâncias. Hoje, na ponta da história, vivemos em uma época onde a figura mais transgressora é o papa.

Sobre a verdade e o que é perpétuo

Nada concreto, por mais tangível que seja, permanece. Tudo que é físico, mais cedo ou mais tarde, vira ruína e torna pó. O que há de mais perpétuo são as mentiras. As abstrações que contamos a nós mesmo, nesse ínterim entre a gênese da linguagem e o agora. Essas histórias, frutos da imaginação e da especulação, são o que, de fato, perduram ao longo de nossa existência e dão forma à quem somos. Deixar um risco na história.. o querer de todos. Mas só a mentira risca a história, marca e constrói o elo entre o agora e o começo dos tempos falados. A moral, a ética, a espiritualidade partilhada em forma de dogmas.. todas são mentiras, mas tão bem feitas, que chegam a ganhar, em existência, dos punhos de carne e sangue que aqui redigem. Em breve, muito mais breve do que o tempo em que as rochas da praia perdem sua casca, eu já terei ido e serei esquecido, assim como você que lê. Ninguém ou nada que existe, de fato, risca e marca a história. A história é uma tela de abstração, ela está n

Sobre o ponto pálido azul

O mundo é o habitáculo da ignorância, do medo e, pior: da vaidade. Vide o vídeo.

Sobre ser jovem

Acho que dei um jeito nos ombros. Escalei, pedra pós pedra, desse armado de concreto açucarado, robusto e quebradiço. Lá, depois das nuvens, eu cheguei. Cá em cima, do alto do meu ego, me passou pela cabeça um pensamento nevoeiro, que gelou a espinha e, gelado, mesmo, eu ri: ri tanto que até bati na mesa. A angústia não vem do fim inexorável. Eu tenho medo é de viver pra sempre.

Sobre mim e os outros

modas: tô fora